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AUDIÇÃO

"Falar é uma necessidade, escutar é uma arte". Goethe

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Como conseguimos ouvir?

Podemos descrever o ouvir como sendo o ato de escutar utilizando o sentido da audição (Dicionário Michaelis). Mas você já se perguntou como a fisiologia do ato de ouvir acontece? Então vamos pensar juntos!

 

Os ouvidos são os órgãos responsáveis pela audição e pelo equilíbrio. No interior do ouvido existem células mecanorreceptoras. Estas células captam estímulos mecânicos, traduzindo-os em impulsos nervosos.

 

O som é uma vibração, originada por alterações na pressão, que se propaga através de meios elásticos. Isto é, quando um corpo qualquer está vibrando, o ar que está em volta também vibra. Essas vibrações são percebidas pelo ouvido humano, que é capaz de captar ondas com vibrações compreendidas entre 20 Hz e 20.000 Hz (ondas que se repetem de 16 a 20.000 vezes por segundo).

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O ouvido humano é dividido em três regiões: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. A função básica dessas três regiões é transformar a energia das ondas sonoras em vibrações mais potentes a fim de serem captadas pelo sistema nervoso auditivo.

As ondas sonoras que citamos mais acima são captadas pelo ouvido externo composto pela orelha (pavilhão auricular), e o canal auditivo externo que termina no tímpano, uma membrana recoberta externamente por uma delgada camada de pele e internamente por epitélio cúbico simples. Entre as duas camadas epiteliais encontramos duas camadas de fibras colágenas, fibroblastos e fibras elásticas que entram em vibração quando recebem as ondas sonoras.

 

Esta vibração tem função amplificadora do som. O pavilhão externo capta o som e pode ser fixo ou móvel (dependendo da classe animal, no homem, em geral é fixo). O canal auditivo ou meato acústico externo é revestido internamente por pele rica em pelos e glândulas sebáceas e ceruminosas cuja função é a proteção do tímpano.

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Os menores ossos do corpo humano!

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As vibrações do tímpano são transmitidas para um conjunto de pequenos ossículos articulados (martelo, bigorna e estribo) situados no ouvido médio. O movimento desses ossículos promove a passagem do som do ouvido externo para o interno.

A vibração dos ossículos age sobre uma câmara chamada de janela oval. No interior dessa cavidade existe um líquido, denominado “perilinfa”, no qual estão imersas células receptoras.

Estas células são dotadas de pêlos sensoriais que captam as vibrações no meio líquido, transmitindo as vibrações dos ossículos ao ouvido interno, que é formado pela cóclea ou caracol (percepção dos sons) e pelos canais semicirculares (relacionados com o equilíbrio). Na cóclea, o som é amplificado e transformado em impulsos nervosos que são transmitidos ao sistema nervoso central pelo nervo auditivo.

Dessa forma, na cóclea as ondas sonoras são transformadas em impulsos elétricos, os quais são enviados para o cérebro e este por sua vez interpreta os impulsos que passamos a conhecer e entender.

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Temos ainda um resuminho para você entender melhor!

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A audição é um dos cinco sentidos do corpo humano e nos permite ouvir através do sistema auditivo. São seus principais órgãos as "orelhas" que percebem as ondas sonoras possibilitando o processo da audição. Assim o fato de possuirmos uma orelha de cada lado da cabeça, nos ajuda a ter uma melhor percepção da localização da origem do som (GATTAZ, 2006).

Esse sentido é ligado a prática da Escuta Sensível, que é perceptível quando se olha o outro e o outro te provoca fazendo seus sentidos captarem sensações que se transformam em energia permitida. Assim o acolhimento ao outro é estabelecido, tendo-se um diálogo que vai além do ouvir.

 

A Escuta Sensível é uma prática de acolhimento implantada pelas diretrizes da Política Nacional de Humanização (2003). O acolhimento é uma postura ética da atenção ampla, no cuidado de escutar o outro para compreender o que está sendo dito, evitando avaliações ou julgamentos (Barbier, 2008).

 

A escuta sensível reconhece a aceitação incondicional de outrem. O ouvinte- sensível não julga, não mede, não compara. Entretanto, ele compreende sem aderir ou se identificar às opiniões dos outros, ou ao que é dito ou feito.


O sentido de escutar vai além do ouvir. Inclui o olhar, a observação atenta, a reflexão, o sentir o corpo, sensações e sentimentos. Esse método é inspirado em diferentes campos profissionais e filosóficos, sendo essencial para a humanização da saúde. Só existe acolhimento quando há diálogo, escuta, envolvimento e cuidado.

Ficaram curiosos? Venham vivenciar essas e outras Práticas Integrativas e Complementares no Ambulatório Magalhães Neto. Para isso basta trazer consigo o cartão do SUS, documento oficial com foto e comprovante de residência.
Endereço: R. Padre Feijó, 240 - Canela, Salvador - Ba, 40110-170.

Esperamos vocês!

Dê o play e saiba mais sobre escuta sensível!

MOLÉCULA DE EMOÇÃO

Coluna da Dra. Susan Andrews na Revista Época, publicado no livro Por
uma Vida de Verdade, ed. Ágora.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando estamos tristes, nosso fígado está triste, nossos rins estão tristes, nossa pele está triste.

Um interessante incidente ocorreu durante a Guerra do Vietnã, quando soldados americanos e vietnamitas atiravam uns nos outros através dos arrozais. Subitamente, seis monges budistas, com seus mantos alaranjados e cabeças raspadas, surgiram caminhando em fila numa pequena barreira de terra que separava os arrozais. Eles não olharam nem para a direita nem para a esquerda, onde se defrontavam os dois inimigos, mas serenamente caminharam através da linha de fogo. Disse um dos combatentes americanos depois: “Foi estranho. Ninguém atirou mais. E, depois que passaram, toda a luta saiu de mim. Eu não sentia mais vontade de combater, pelo menos naquele dia. E parece ter sido assim com todo mundo, pois a batalha cessou abruptamente, e todos nós, americanos e vietnamitas, voltamos aos nossos acampamentos”.

 

Essa ressonância de tranquilidade em meio ao fragor da batalha é um claro exemplo daquilo que os neurologistas chamam de “circuito aberto” do sistema límbico, o cérebro emocional. Em sistema de “circuito fechado”, aquilo que estiver acontecendo à sua volta não o influencia. Um sistema de circuito aberto, entretanto, permanece continuamente impactado pelos eventos externos: e é por isso que somos profundamente influenciados pelas pessoas à nossa volta.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O cérebro límbico, a porção emotiva de nossa mente, possibilita uma refinada sensibilidade ao nosso ambiente, que nos permite captar os sinais de alerta ou socorrer crianças em perigo. Essa é a razão pela qual “espelhamos” os outros tão perfeitamente: em minutos, o batimento cardíaco, e até mesmo o ritmo respiratório de um grupo de pessoas conversando, começam a se sincronizar. É por isso que até indivíduos que não se conhecem, sentados juntos em silêncio, transmitem suas emoções uns aos outros. Em pouco tempo, grupos em reuniões e times esportivos começam a compartilhar seus humores bons ou ruins, a despeito de estar triunfando ou fracassando.
 

Todos experimentamos o contágio emocional do júbilo de pessoas positivas à nossa volta, bem como a intoxicação gerada pelos colegas negativos, que nos sugam num redemoinho de irritação, sequestrando a harmonia coletiva. Mas o que dizer da poção emocional que nós mesmos preparamos – doce ou amarga – para aqueles que nos rodeiam?
 

A ciência desvendou esse entrelaçamento entre os sentimentos e a fisiologia estudando a bioquímica de nossas emoções. A cada mudança de humor, uma cascata de substâncias bioquímicas que os neurologistas chamam de “moléculas de emoção” – neurotransmissores e hormônios – é despejada pelo corpo, afetando os receptores, que são como discos parabólicos presentes em todas as células. Quando estamos tristes, nosso fígado está triste, nossos rins estão tristes, nossa pele está triste.
 

Como a neurologista Candace Pert explica, “essas moléculas de emoção são liberadas e distribuídas pelo corpo, instruindo as células sobre se devem ou não se dividir, se devem ativar este ou aquele gene. Tudo no corpo é  mobilizado por essas moléculas mensageiras, que estão em toda parte”. Cada emoção tem sua “assinatura bioquímica” particular. A hostilidade, por exemplo, está associada ao excesso de cortisol; o afeto, à ocitocina; a felicidade, à dopamina; as sensações de bem-estar, à serotonina e à endorfina. Os sentimentos de status superior numa hierarquia estão associados aos elevados níveis de testosterona; e os sentimentos de inferioridade, à baixa testosterona. Tais moléculas de emoção podem ser um bálsamo ou um veneno à nossa saúde.

 

A excessiva secreção do hormônio do estresse, o cortisol, que ocorre na raiva, está ligada à doença cardíaca, câncer, aids, diabetes, Mal de  Alzheimer, depressão e morte prematura. Como o psiquiatra Redford Williams, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, alerta, “raiva mata”. Por outro lado, a ocitocina, associada à afeição e ao amor, reduz os níveis de cortisol e baixa a pressão, protegendo-nos das doenças relacionadas ao estresse.
 

As novas ciências da Medicina Mente-corpo e da Biopsicologia estão corroborando aquilo que os sábios do Oriente descobriram há milhares de anos: podemos mudar nossas atitudes com técnicas que equilibram o sistema hormonal. Simples praticas diárias como a respiração diafragmática, o relaxamento profundo e a meditação produzem duradouras mudanças positivas não apenas na saúde, mas na personalidade.
 

Podemos ser mestres de nós mesmos, ressoando assim paz e harmonia ao nosso redor.

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Referências 

 

ANDREWS, Susan.  Moléculas de emoção.2009. Disponível em:< http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI55159-15230,00-MOLECULAS+DE+EMOCAO.html>. Acesso em 24 de dez. 2018.

 

BEVILACQUA, Maria Cecília et al. Tratado de audiologia. São Paulo: Santos, p. 293-313, 2011.

 

BREUEL, Maríana L. Fâvero; SANCHEZ, Tanit Ganz; BENTO, Ricardo Ferreira. Vias auditivas eferentes e seu papel no sistema auditivo. Arq Int Otorrinolaringol, v. 5, n. 2, p. 149, 2001.

 

FERNANADES, FDM; MENDES, BCA; NAVAS, ALPGP (Org.). Tratado de Fonoaudiologia. 2ed.São Paulo - SP: Roca, 2009, v. 2, p. 504-512.

 

FISIOLOGIA HUMANA. Sistema sensorial, órgãos e sentidos. Disponível em: <https://auladefisiologia.wordpress.com/2010/10/03/sistema-sensorial-orgaos-do-sentido/>. Acesso em: Nov.  2018. 

 

HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

 

Sistema Sensorial – Órgãos do Sentido. Disponível em: < https://auladefisiologia.wordpress.com/tag/audicao/ > Acesso em: Nov. 2018.

 

Sistema sensorial: Órgãos captam estímulos e informações, Disponível em: < https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/sistema-sensorial-orgaos-captam-estimulos-e-informacoes.htm> Acesso em Nov. 2018.

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